19-16.htm

Diálogo Iberoamericano

Núm. 16 / julio-agosto 1998. Pág. 19

Pesquisadores do Rio Grande do Sul descobrem fósseis de répteis de 220 milhões de anos

Carlos A. Carvalho (PUCRGS-Brasil). Fósseis de trés dinossauros, com cerca de 220 milhões de anos, foram encontrados em Santa Maria por pesquisadores do Laboratório de Paleontologia do Museu de Ciéncia e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
A descoberta prehistórica é uma das mais importantes para a comunidade científica nos últimos tempos. "Estudos sobre a história evolutiva dos dinossauros mostram que os exemplares coletados são muito primitivos", afirma Martha Richter, coordenadora do Laboratório de Paleontologia, e uma das integrantes da equipe junto com os paleontólogos Max Langer, Fernando Abdala e Maria Cláudia Malabarba.
Até então, apenas um dinossauro havia sido encontrado no Rio Grande do Sul, na década de 30, também em Santa Maria. Trata-se de um Stauríkosaurus pricei, que hoje está no Museu de Zoologia Comparada, em Harvard, nos Estados Unidos. "Essa espécie é considerada uma das mais antigas do planeta juntamente com outras coletadas na Argentina", explica Max Langer. Com a recente descoberta, o Rio Grande do Sul fica numa posição privilegiada. "Talvez o Estado seja o berço dos dinossauros", diz Martha Richter.
Os esqueletos dos três dinossauros foram achados inesperadamente. O objetivo das expedições era coletar fósseis de répteis e de peixes. A medida que as escavações nas rochas finas sedimentadas de terra vermelha continuavam, no entanto, mais os pesquisadores tinham certeza de estar diante de fósseis de animais incomuns, uma espécie de dinossauro nunca antes vista.
O passo seguinte foi recolher os blocos de rocha contendo a ossada quase completa dos répteis e trazer o material para o Laboratório de Paleontologia da PUCRS. Essa etapa do trabalho também contou com a ajuda dos paleontólogos José Bonaparte e Jorge Ferigolo, ambos da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Agora, num minucioso trabalho, semelhante ao de um quebracabeças, os pesquisadores se dedicam a retirar os ossos dos sedimentos e montar os esqueletos.
Parte de um dinossauro já foi montada. Pelo tipo de camada geológica em que os esqueletos foram preservados, os cientistas afirmam que os animais viveram num período chamado Triássico, dentro da Era Mesozóica, conhecida como idade dos Répteis.
Os fósseis dos dinossauros recém-encontrados indicam que eles tinham aproximadamente um metro de comprimento por 50 centímetros de altura. Eram animais esguios e ágeis, que se locomoviam numa grande planície -hoje correspondente a região que vai dos municipios de Candelária a Mata, passando por Santa Maria e São Pedro do Sul- cortada por rios e pequenos lagos, com abundante fauna de répteis, anfibios e peixes que viviam num clima bastante quente e árido.
Santa Maria, uma regiáo privilegiada
O fato de todos os fósseis de dinossauros gaúchos terem sido encontrados em Santa Maria, desperta curiosidade sobre o que essa região do Estado tem de especial.
Em tempos remotos, o Rio Grande do Sul fazia parte de uma grande bacia sedimentar, denominada Bacia do Paraná, que se estendia desde o Uruguai até Goiás, incluindo parte dos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Paraguai.
Nesta ampla faixa foram depositados, ao longo de milhões de anos, sucessivas camadas de sedimentos diferentes, contendo grande quantidade de restos e vestigios de organismos.
Hoje, fazendo um percurso de Caçapava do Sul até Erechim, é possível sair do fundo da Bacía do Paraná, subindo através de todas as camadas de rochas sedímentares que ali se depositaram e terminando sobre os derrames de basalto que cobriram tudo.
Os fósseis contidos nessas camadas, representam milhões de anos da vida no planeta -entre 300 e 130 milhões de anos atrás. Com o passar do tempo, os movimentos da crosta terrestre fizeram com que a Bacía do Paraná perdesse sua comunicação com o oceano, passando a ser um grande lago, cada vez mais raso, povoado de répteis aquáticos.
Há cerca de 250 milhões de anos, no período Triássico, esse lago acabou secando e se transformou numa grande planície de clima quente e com estações bem marcadas de seca e de chuvas. Parte das camadas do Triássico, justamente aquelas que contêm os fósseis de répteis, entre os quais os dinossauros, estão aparecendo hoje na região de Santa Maria.


Biodiversidad y desarrollo. El rey del Orinoco

La Estación de Biología Tropical "Roberto Franco", adscrita a la Facultad de Ciencias de la Universidad Nacional de Colombia (Villavicencio, llanos orientales de Colombia), conserva ejemplares de 5 especies de crocodídilos y 24 de tortugas, como un banco de plasma germinal in vivo, que representa al menos el 70% del total de especies colombianas de estos reptiles (Colombia es uno de los seis países más biodiversos en reptiles del mundo). Algunas de estas especies se encuentran en peligro de extinción, mas con las actividades de conservación, reproducción y repoblación de su hábitat, esta condición desaparecerá en el mediano plazo, generando beneficios ecológicos, económicos y sociales.
En la actualidad la Estación, que cumple 64 años de actividades científicas, avanza en la formulación de modelos de gestión sostenible en fauna tropical, lo cual involucra actividades de docencia, de investigación y de extensión.
El caso del Caimán llanero
Se destaca el trabajo realizado con el caimán llanero (Crocodylus intermedius), el cuál, por la caza comercial que se realiza desde la década de 1920, el acelerado proceso de colonización de los llanos y la desaparición paulatina de su hábitat, se encuentra en vía de extinción. Este caimán se halla presente en las Guayanas, Venezuela, Brasil y Colombia. La Estación desarrolla el "Programa Nacional para la Conservación del Caimán Llanero", el cual contaría con la cooperación con Venezuela, considerando aspectos de genética molecular y de poblaciones ecológicas, ambientales, socioeconómicos, culturales, educativos, políticos e institucionales, ello dentro del marco legal e internacional.
Mediante este programa se pretende garantizar la conservación de la especie, lograr un cambio de actitud generacional en la región ante el caimán (hasta ahora visto como un enernigo del ser humano), y generar, mediante consorcios con participación de recursos internacionales, su aprovechamiento industrial sostenible, en cuanto al aprovechanúento de su piel, que goza de gran estima en los mercados de Japón, Europa y Estados Unidos, ello con benéfica incidencia en el mejoramiento de la calidad de vida de las comunidades humanas involucradas y la conservación de la vida silvestre en la región.
Referencia: "Noticias de la Facultad de Ciencias", UNC.


retorno pagina Retorno página anterior